por Guilherme
Bom pessoal, eu e a Cris nos conhecemos no Champagnat. Ela entrou no colégio na 7ª série e eu no 2º ano do ensino médio, em 2003. No meu primeiro ano de colégio, ela ainda não era minha colega de classe, eu apenas sabia quem ela era, pois fazia parte do grupo de amigos que eram da minha turma. Mais conhecida como “Tininha”, olhava para ela e via uma pessoa extremamente cheia, tipo “eu sou a tal”. Apenas cumprimentava, nem falava com ela porque tinha receio. Sei lá ela passava um ar de mais madura que os outros, então eu pensava que quando fosse falar com ela, ia me dizer: “- Cala boca seu pirralho, olha o que tu ta falando, sai daqui”. Hoje rimos muito disso.
Em 2004, já no 3º ano, eu era da turma 231 e ela da turma 233. A que eu estava era meia boca, então decidi trocar para 234, onde meus amigos estavam. Depois fiquei sabendo que eles faziam espanhol e eu queria inglês. Diante desde situação decide por mudar para 233, para conhecer outras pessoas no colégio. Em março, no seu aniversário, eu não tinha sido convidado, então nosso grande amigo Artur chegou pra ela e pediu para que deixasse eu ir, com intuito de me enturmar com a galera e tal.
Nesta época, ela estava de rolo com outra pessoa. Chegou até ir a uma cartomante para ver seu lado amoroso. A mulher lhe disse: “- Alguém muito especial está por vir, mas se você acredita em alma gêmea, esta pessoa não é sua”, e esta pessoa era eu.
Durante maior parte do ano, pouco nos falávamos. Eu já não tinha aquela mesma visão sobre ela, mas sempre com um pé atrás. Um trabalho de biologia, em Laguna/SC, no final do ano, fez com que nos aproximássemos mais. Nenhum de nós imaginava que poderíamos ter alguma coisa. Daí, trabalho pra lá, trabalho pra cá, depois de algumas reuniões de amigos, filmes e coisa tal, acabou rolando. Lembro com se fosse ontem, lá na casa do Hernandez. Até hoje não entendemos porque rolou algo entre a gente se ambos não tinham pretensão nenhuma. Depois daquele dia, ficamos mais algumas vezes, mas ainda não tínhamos pensado em namorar sério. Na formatura tentei evitar ela para não me apegar muito, mas não adiantou, ficamos de novo.
No verão descobrimos que tínhamos casa na mesma praia, então não preciso nem falar, ficamos novamente. Quando acabou o verão, voltamos para Porto Alegre, então me perguntou se o que tínhamos seria sério ou não. No dia de seu aniversário, 12 de março, decidi acreditar no nosso amor e lhe pedi em namoro. Porque dia 12? Dia do aniversário dela, dia dos namorados, dia das crianças e dia do aniversário do pai dela. Na verdade foi tudo coincidência, mas ela acha que não.
Hoje penso que tudo poderia ser diferente em nossas vidas se eu não tivesse mudado de colégio, se eu não tivesse mudado de turma, ou se nós não tivéssemos feito o trabalho de Laguna juntos. Mas realmente nossos destinos se cruzaram.
Durante estes quase 6 anos juntos, vivemos momentos bons e ruins. Como todo casal, tivemos nossas brigas e nossas diferenças. Certa vez chegamos até acabar o namoro por 1 dia, mas logo vimos que tudo que tínhamos vivido e passado juntos não poderia ser posto fora de uma hora para outra Conversamos e cada um cedendo um pouco, demos uma nova chance ao amor.
Desde tempos já havíamos conversado sobre comprarmos nosso apartamento e futuramente casar. O apartamento nós já compramos e entregarão em abril de 2011. Com meio caminho andado, resolvi pedir sua mão em casamento. Pra ela foi um grande surpresa porque não desconfiou de nada. Em 12 de junho, dia dos namorados, me deu um presente e eu também lhe dei um. Fomos jantar no Tehama e lá lhe disse que tinha outro presente para ela. Foi então que tirei do bolso a caixinha com as alianças, lhe mostrei, e pedi sua mão em casamento. Aquela noite foi muito legal.
Agora te pergunto: Lembra da cartomante? Aquela mesmo que disse que não éramos alma gêmea. Todo mundo tem o direito de errar uma vez.